quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

estro 'inonírico'

Queria saber escrever direito, sem muitas linhas tortas. Queria saber fala direito, sem palavras mortas. Mudas. Mas infelizmente não tenho esse dom. E o que me resta? Esquecer, dormir.
E o que fazer quando o sono não vem?
Antes eu confesso sempre ter sofrido desse mal. Sofrer para dormir. Dormir para não sonhar. Até que você apareceu. Preencheu noites não dormidas, noites prolongáveis. Isso pelo simples fato de você ser irresistível e existível. Tornou-se até o presente momento meu estro, minha inspiração.
Quando há tempo para inspirar, inspiro. Penetro de ar meus cansados pulmões para te guardar por uma semana, mês, anos. Já que hoje, voltei às minhas noites longas e extraordinariamente vazias.
Queria poder dormir sempre ao seu lado, sem medo de acordar com os fones nos ouvidos e o travesseiro (ou almofada, como preferir) vazio.
Queria poder dizer que te daria muitos beijinhos e, realmente, poder dar.
Quero poder fazer tudo isso e mais um pouco só nosso. Onde eu não precise imaginar seu cheiro, mas sentir. Não precise imaginar seu toque, mas tocar. Não olhar sua boca, mas beijar. Não escreva essas palavras, mas falar.
Sei, e sempre soube do impossível. Mas eu desejo. É meu desejo, agora compartilhado. Para poder querer sempre alguém assim, tão 'derretível'.

12 de Janeiro de 2010,
Liala Leão

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