domingo, 4 de abril de 2010

Escondem-me.

Verbo na terceira pessoa do plural seguido de pronome oblíquo clítico teremos um SUJEITO INEXISTENTE. Mas será mesmo que esse sujeito não existe? Fico pensando se, em certos momentos, eu existo ou se eu sou fruto da imaginação, da minha imaginação, ou da sua própria imaginação. Por que tudo que estou vivendo está mais para "viva se iludindo, ele não gosta de você" do que "seu coração está certo, cale a boca e escute-o". Só sei que ora sinto, ora tenho o pé atrás. Meu conselheiro amoroso me disse uma vez que pode ser só o início, mas pensando, quem quer algo sério não dá uma de sujeito inexistente com você. Eu, simplesmente, não existo em sua vida. Apenas iludo suas noites. Eu vivo essas noites, vivo até demais, mas quem sou eu afinal de contas? Ninguém. Quem liga?! Ah, por favor, eu sou só seu rostinho bonitinho, para chamar de seu e falar coisas bonitas. Mas, e aí, é só isso? Eu sou só seu rostinho bonito para escalar sete céus? Eu não sei mais, e fico nessa de não saber e viver de alto e baixos. Acho que tenho que viver e ponto. Estou em ruínas, estou nas ruínas, só que em ruínas gregas de sonhos profundos vindos de sonos pesados com respirações constantes. Agora se pergunte: quem sou eu para você? Se pergunte: Quem me conhece de vocês? Acorda, garota! Todo mundo já viveu um grande amor, mas quem disse que esse amor sabe o quanto você é grande. Não sabe quantas palavras inteligentes ou quantas palavras tolinhas você fala por dia, ou quão do seu sentimento é verdadeiro. Sinto muito, eu só me fodo. Simplesmente porque vivo minha vida intensamente e não o quanto dessa intensidade você se dispõe a viver. Quanto das nossas vidas se passam e, realmente, quantos dias eu sou mencionada por você. Ai, que horror, mas amar dói. Amar muito, dói mais, então, imagine amar de longe. É uma dor tão grande que não sei quantos são capazes de sentir. Amor é para os fracos. Nunca disse que eu era uma pessoa forte. Sou fraca por choro, amo e confesso toda a minha verdade. E, sabe de uma coisa, nem ligo. Pois isso passa. Não o amor, amor não passa, amores nunca passam. Ele duram para sempre, muda-se a forma do amor, não muda o amor. Então, fico pensando, quanto eu valho para você? Você pensa tanto em mim quanto eu penso em você? Amar dói. Esse meu amor é bom, mas dói. Então, por que será que eu fico tão sorridente quando te vejo? quando te ouço? Meu mundo está de cabeça para baixo, não sei se ele é capaz de voltar a ser o que era e quero me perder nos meus sonhos, assim como Alice se perdeu no dela. Tenho medo de acordar só e descobrir que tudo foi só um sonho. Sonha comigo?

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