quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O carro branco.

Ocorreu-me uma história, daquelas que se eu contar ninguém acredita. E passei um tempo relutando em conto ou num conto. Decidi contar. Contar em poucas linhas (até parece hahahaha), mas que pelo menos passe o que me aconteceu. Tá, parei de enrolação e agora lá vai...
Estava eu, linda e maravilhosa, numa festa de casamento, quando recebo um Whatsapp do meu pai perguntando se eu estaria disponível na manha de domingo seguinte. Estar, estar, eu não estaria não. Estaria morta, mortinha de cansada, mas como é meu pai eu resolvi não dizer não. Então, disse a ele que estaria a hora que ele precisasse de mim. Até aí tudo bem, ele avisou que me ligaria no outro dia para me encontrar com ele. Infelizmente, cheguei tardão do casamentaço e fui dormir na expectativa de meu pai ligar apenas no começo da tarde (doce ilusão!) e não foi o que aconteceu. T-T (chorando)
Meu pai me telefonou às 07h30 e eu havia dormido a pouco mais de duas horas, mas com os olhos esbugalhados, daquele jeito que só o palitinho resolve, eu fui. Cheguei lá, descobri, que num complô familiar, eu acabara de ser enrolada para ganhar "a brand new car", uau!!! Um carro novinho (quer dizer, quase) me esperava na casa de minha tia. Segundo a família toda, era um presentão, já que era um carro do meu avô e ele não queria mais... poucos quilômetros rodados, uma maravilha, completo! Uaaaaaaá!! Como cavalo dado não se olha os dentes, eu fui quem mostrei os meus e saí de lá com a felicidade de estar trocando o meu velho e bom celtinha por uma Ferrari (tá bom, exagerei!)!!
Quando chego eu em casa me dei conta que ele tinha algumas poucas avarias, daquelas que ninguém pode botar defeito já que foi uma joinha trocar de poçante, porém, começou daí minha agonia, meu faro investigativo, resolvi botar a cabeça pra funcionar e comecei a notar que coisas estranhas estavam por trás daquela alegria repentina de ganhar um carro sem tema aparente (tipo natal, aniversário, essas coisas.). Claro, que isso não me veio da noite pro dia, e é claro, eu, com meu faro de super detetive do Investigação Discovery, comecei a juntar pequenas peças do meu quebra cabeça. Mistério número um: Como meu digníssimo avô liberou um carro como aquele, novinho, pra ser vendido se mal usou? Mistério número dois: como estaria um carro tão novinho cheio de arranhões, visto que na família dele, isto é, aqueles que com ele vivem sabem dirigir muito bem (são rumores e há controvérsias)? Mistério número três: quem na verdade estava a usar aquele carro tão legal se na casa do dito cujo os carros são "melhores"?
Ah-há, meus neurônios estavam no caminho certo, provavelmente quem usou não estava naquela residência.
Aproveitando uma oportunidade única, consegui retirar informações de um fiel fofoqueiro que me entregou onde o carro estaria "dormindo", quer dizer, "morando". Foi quando, através de um conhecimento prévio, eu pude perceber que estava diante de um mistério quase esclarecido. Foi quando, que por fofoca antiga mesmo, descobri que o verdadeiro dono do carro, que agora é meu, era nada mais, nada menos, do que a quenga!!! Isso mesmo, a quenga do meu (prefiro editar informações, mas você leitor, percebeu de quem)!! Ah-há! Claro, que poucas pessoas da minha família ficaram sabendo desse meu alto grau para descobrir safadezas, mas muitos amigos, colegas e alunos sabem que, na verdade, o carro que me faz feliz e me carrega para a China se for preciso era de uma quenga (aqui no Nordeste, quenga é uma palavra carinhosa para amante)!
Hoje, eu só rio, pois é uma história que me rende muitas gargalhadas e exige de mim um silêncio que até Deus duvida que eu possa ficar. Pronto, parei!

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