segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Minhas férias!

Em mais uma daquelas que ninguém acredita, resolvi tirar um tempinho para contar uma história que, cá entre nós, preciso dizer logo antes que eu esqueça. E ela começa assim: Minhas Férias!
Ah, férias, que beleza, que fantástico, tudo, é claro, começa pela escolha do destino perfeito, e embora na minha casa eu e minha mãe tenhamos já ido para o Rio de Janeiro, acabamos por definir essa decisão pelo meu irmão que ainda não fora.
Bem, hotel reservado, passagens compradas, vamos lá pegar o avião "com destino à felicidade... a felicidade...", tá, parei! Fomos lá pegar o voo pro Rio e demos sorte! Você deve estar se perguntando porque demos sorte, mas isso é caso antigo, de uma história antiga e que se brincar nem sem contar mais.
Embarcamos, nos acomodamos e foi aí que tudo começou. Havia uma senhora, exatamente sentada na minha frente, que falava, falava, falava e, Deus do céu, não parava de falar. Olhei para minha mãe e disse a ela que não via a hora do avião decolar, já que assim esta senhora seria obrigada a desligar seu telefone (quem dera!). Chegando a hora de se organizar para o avião enfim voar, noto que as duas mocinhas sentadas ao lado da senhora tagarelante pediram à aeromoça que queriam sentar em outro lugar e com consentimento foram para o fundo do avião. Eu, na minha ingenuidade, acreditava que finalmente teria o merecido descanso de ter acordado cedo para voar. Mas a minha mãe já havia me alertado sobre as coisas sem sentido que aquela senhora falava e eu não havia me dado conta. Portas fechadas, sintos afivelados... e... a mulher continuava a matraquear como se nada estivesse acontecendo! Sim, senhores, ela era doida. Não uma doida qualquer, uma doida de pedra, daquelas de doido nenhum botar defeito. Para minha tristeza e infelicidade, ela não só incomodou a mim, como a minha família, à senhorinha do outro lado do corredor, a uma adolescente que passava mal durante o voo e a todos os passageiros que perto dela se encontravam... e ela dizia mesmo coisas sem sentido como: "tirar das minhas  entranhas" e a "ama dela"... . Eu não entendi bulhufas, mas tentei o máximo que pude esquecer aquela tãn-tãn que estava tão perto de mim. Liguei no filme, coloquei os fones, aumentei o volume e me esforcei pra tirar um cochilo. Nisso, passam os comissários servindo lanche, ela não querendo nada além de um copo d'água e do desejo de ir ao banheiro. Eu observei, olhei pro comissário, demos um risinho sarcástico da situação e, já na expectativa de chegar ao fim daquele começo de viagem, eu me vi no ponto culminante daquela situação louca que até Simão Bacamarte haveria de convir comigo que era preciso interná-la na Casa Verde: um líquido começa a descer em minha direção pelo chão, e dando sorte de não ter colocado minha bolsa lá, fui conferir que diabos era aquilo. Que triste, pra você que pensou que ela havia deixado cair a água que pediu ao rapaz... ela havia acabado de fazer xixi e sua urina escorria pela calça como uma torneira ambulante de xixi constante! Sim, para mim era a gota d'água daquilo. Eu não via a hora de ir embora dali. Por sorte (será que a essa altura existia sorte nisso?) estávamos chegando ao nosso destino e pudemos fugir pra bem longe daquela senhora doida e sozinha que deixaram viajar para fazer não sei o quê. Como doido não anda com atestado, ninguém iria adivinhar.
No fim, ainda pudemos notar que ela terminou sua manhã na esteira errada, procurando sua bagagem e dizendo que havia sido roubada!
Como eu não quis mais ver o fim dessa história, sumi!

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